Nós não nos completamos, não fomos feitos um para o outro, sequer você me faz bem. Vivemos nesse processo desgastante, nos machucamos sem intenção; autodestruímos-nos. Ficamos desse jeito meio ressabiado, fingindo estar tudo bem, enquanto nossos corações se diluem ao meio da dor. Você se mutila com a tua teimosia e eu finjo me bastar com o meu orgulho. Somos duas composições brutalmente opostas e corrosivas que não deveriam se colidir, para evitar destruições. Mas nós não ligamos. Admito que me acostumei com a dor. Tu me destrói, mas me faz sentir viva. E é disso que eu tenho medo; que esses efeitos que você causa em mim, terminem de me derrubar.
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